Hoje apetece-me escrever…
Devido às várias horas que passamos nos trilhos vamo-nos
apercebendo e ouvindo as mais inusitadas conversas e ainda piores comentários vindos
daqueles “crominhos” (“postais” mesmo!), a nova fauna que vai aparecendo no
trail!
E sabem, começo a achar que para estes “seres” uma
ida a uma prova de trail compara-se a uma verdadeira ida a um casamento, senão
acompanhem o meu raciocínio:
Eles e elas levantam-se cedo, equipam-se com a melhor
roupinha, toda de marca, a camisola a fazer "pandan"
com o calção e com a meia, a sapatilha último modelo a estrear, todos “pipis” e
lá vão eles para a linha de partida onde tiram as primeiras fotos, em grupo,
sozinhos, aos berros, tudo é sorrisos e alegria!
Começa a prova e lá vão eles em grande sprint, a
gabarem-se das mil e uma provas que já fizeram, os tempos e que “fazem e
acontecem”... até que surge o primeiro empancamento!
E porquê? O que será?
Ohhhhh visão dos horrores!!!! uma poça de água e lama!!!
É então que começamos a ouvir:
“Ai que a
sapatilha é nova!”, “Ó Maria não me
quero sujar, ai que nojo!”...
SSiiiimmmm!!! Porque, pasmem-se caros leitores, no monte é
de todo inusitado existir terra que quando chove se transforma em lama.
E os ramos no chão, os cardos e silvas que arranham
as pernas??!!
Para estes “seres” simplesmente não podem existir!
Os trilhos têm de ser autênticas autoestradas!
Tudo bem limpinho que a pele é de veludo e não pode
ser arranhada!
Para estes “cromos”, o critério de avaliação de um
trail baseia-se sempre nos abastecimentos!
Sim… porque estes têm de ser fartos e com muita
variedade, caso contrário surgem estas pérolas:
“Não tem sopa?
É hora de almoço, tinham de ter sopa!”
“Onde estão os
guardanapos? E os copos? Não tem copos? Como é que vou beber?”
“Deviam ter
aletria ou massa, isto está muito fraquinho!”
“E
casa-de-banho? Ai, só pensam nos homens, estou aflitinha, onde vou fazer?”
Sim, caros amigos, isto ouve-se durante as provas!!!!
Porque, pasmem-se, no monte têm de existir casas de
banho, de preferência com toalhetes perfumados!
Meus “amigos e amigas”, se não se querem sujar, se
não querem ficar arranhados, com joelhos esfolados, com picos nas mãos, todos
desgrenhados, com aspeto de quem foi atropelado por um camião e com aquele
cheirinho bom a “rosas do monte”, então o trail não é para vocês!
Deixem-se disso e poupem uma dor de cabeça às organizações
das provas e a nós que não temos que ir a ouvir estas pérolas!
Tenham o mínimo de respeito pelas organizações das
provas!
Não critiquem por coisas fúteis!
A criticar que sejam sempre criticas construtivas,
que ajudem ou apontem situações a serem melhoradas, mas sempre com o intuito de
ajudar e não criticar porque não havia o bolinho de cenoura!
Organizar uma prova de trail dá muito trabalho!
Acredito que eles tentam sempre fazer o melhor que podem!
Ah! Atenção! Este é só um artigo de opinião!
Nós também somos verdadeiros “cromos”, gostamos da
bela da roupita e do “pandan”!
Eu então sou a rainha das fotos, mas adoramos
“chafurdar” na lama, correr na água e temos sempre de acabar as provas com
“recordações de guerra”!
Não falando dos "engarrafamentos" por causa desses trilhos sujos e poças de lama, porque não nos deixam correr
ResponderEliminarMuito obrigado pelo comentário! A correr ou caminhar o que interessa é passar umas horas excelentes no "monte"! :P
EliminarPois. Realmente é tudo verdade. Mas também para reflexão, queria ver o que seria das organizações de Trail e dos fundos que entram, se não fosse esse pessoal... por isso, ou os "prós" aturam os cromos, ou então haverá muito menos provas de Trail... claro que há sempre a solução de ir fazer Trail para a serra extra-prova, que é muito mais salutar.
ResponderEliminarMuito obrigado pelo comentário! A verdade é que existem provas todos os fins de semana. Quem vai fazer trail tem de ter noção para o que vai. Não pode esperar que no"monte" esteja tudo limpo, sem o minimo de sujidade e abastecimentos tipo "casamento". Se existem provas conhecidas pela qualidade dos abastecimento onde existe desde leitão a leite creme e sopa, existem outros onde os abastecimentos têm o minimo e essencial. Quanto aos "prós"... não nesse caso somos "perós" como somos "ateletas"! Abraço
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